Um dia perdido no tempo I


Em um dia perdido no tempo,
uma ousada borboleta pousou em minhas mãos e
me contou por picardía,
que queria morar na casa que era minha.

- Ah borboleta! Morar em casa minha é coisa difícil, muito complicado. Lá as coisas não são nada "faceirinhas" borboletinha!!!

E como quem acenasse com as anteninhas, levemente me provocou.


- Disto já sei. Porém tua casa não é esta, que te bota tristinha.

Tua casa é de uma menina
que anda faceira e colhe no jardim as flores que
adoro pousar.
Me leva pra lá, me leva vai... Insistiu displicente.

Sem acreditar naquela resposta falei franzindo a testa:

- Esta casa pelo que sei, ainda não existe.

Ela, num movimento curioso, bateu suas asinhas, para num leve colorido me dizer sorrindo...


- É aí que você se ilude. Teu tempo de "pequena aprendiz"

já passou. Já vivestes tantas histórias e não acreditas que tenha uma só para ti?
Presta atenção, leve namorada dos dias frios...
Sorria pois não tarda a primavera!



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