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Vício poesia

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Poesia é um vício ao qual não posso resistir Resvala meu corpo provoca sentido, faz a pele rolar o tempo, o momento e os instintos Quem por ela for tocado se entregará ao momento presente, ao instante único como um canto de passarinho que daqui a pouquinho... já já se foi Sustento sustenido vida, corpo, pensamento vai: o que vale mais é a pulsação, batidas rítmicas Instindo de canção, que ressoa e saliva de desejo e me morde como fruta, como truque barato desse destino

Para Loba, Mãe da Vida

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Voltei à tona... Pulo, volta, retorno, topo Espaço novo, Mente, corpo, respiro agora no momento presente! E recebo de presente... Eu inteirinha, me mostrando aos poucos Sem medo de ficar desnuda, sem receio da luta e da lua Estou de mãos dadas com meu bicho meu instinto íntimo, que me protegeu nessas madrugadas em que andava desacordada, à procura da trilha e da saliva Achei... Escrita, sentido mínimo, profuso,  ampliação de espaços pra mergulhar na delicadeza de mim menina, moça, mulher, mãe de mim mesma Minha memória traz resquícios de flores, riscos de giz, borboletas sobre minha pele Leveza de quem já cavucou a terra e correu, teve de correr muito... O topo me traz para sentir  ventos, sede, calor e frio Sentir e seguir, pra espalhar alegria e retribuir a mãe da vida, a graça linda de existir!