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Mostrando postagens de setembro, 2014

Amorecia

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Naquela tarde tudo amorecia... Tudo que era doce,  desejo,  placidez carnal Amoreceu

Inefável chão poético

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A poesia, esta que me assalta a todo instante, ser incessante... Feita de átimos e longas esperas De longos dias e noites curtas Do tempo inteiro e na travessia dos anos Na travessia das ruas e silêncio do mato O olhar do outro, num enigma do outro, Poesia é olhar que retorna em matizes distintas Como traduzi-las e resignifica-las, sem ser somente a outra, eu mesma? Como dar voz, a não-voz? Como dar o grito, ao não-grito? Como nomear o inominável? Passeio por figuras sem volta, flutuações e chão duro, áspero, lodo e musgos Cordão invisível, procuro por uma mão. A mão firme que me segura na travessia, pode impedir meu voo Mão do pai, forte, densa e cheia de histórias Mão da mãe rígida e cheia de detalhes delicados Mão do amor que agarra a terra e a fruta do mato Mão invisível que me leva é a mão da palavra-poesia, voz incansável de dentro da noite negrume, vagalume, lanterna dos meus desatinos, chama que grita: - Por aqui...!