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Mostrando postagens de julho, 2010

Ode às Mulheres

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Somos mulheres de outra estirpe Somos mulheres que não tem medo do vento ou do tempo Somos mulheres banhadas nas águas vagas e imprecisas do querer Somos mulheres que acreditam na força feminina que mexe o universo e todas nós Força mística, suave, densa e veloz Somos mulheres que amam aqueles que comungam com o nosso misticismo e que banhando-se em nossas águas saem com o busto franco de límpido prateado Somos mulheres que disseram sim, sem medo de serem banidas do paraíso Somos mulheres jovens, crianças e sábias Muitas vezes cansadas, revigoradas, ingênuas, perdem-se no ideário de seguir a outro ser Algumas perdem-se de sua estirpe Pois só nós temos isso, O poder de levantarmos umas as outras Só nós reconheceremos quem verdadeiramente somos.

Passa Quatro

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Passam quatro horas e a espera das respostas muitas vezes nos vira as costas e nos faz revirar as voltas Passam quatro portas que podem, de repente ser abertas ou fechadas propondo mil caminhos e possibilidades Passam quatro notas delicadas pra serem ouvidas pois sopram apenas ao coração Passam quatro batidas quatro despedidas, quatro contratempos, quatro desentendimentos quatro... sempre quatro que coloca a poeta a equilibrar-se à procura de seu tempo.

Observações de uma poetisa... Para a República Cirandinha em Ouro Preto

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Leve sombra de risos Vazio pequeno das coisas que ficaram guardadas: meninas, bailarinas, colombinas... mulherezinhas! Uma república, uma casa, um lugar cheio de segredos, risadas, dores e histórias do vento que bate nas janelas durante as noites de inverno... A subida das ladeiras e pedras As pedras históricas da cidade entre serras que constroem o ser, o sentir e circulam Roda em redemoinho, carrosel: O colorido que nos mandou ter alegria Pra ter mais dias e mais poesia.

Sarau Tribo das Artes Julho/2010 - Bar do Kareca CNF - Taguatinga, DF

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Fluir...

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"na ribeira deste rio ou na ribeira daquele passam meus dias a fio nada me impede, me impele me dá calor ou dá frio..." Fernando Pessoa Mora em mim Um segredo de rio de riacho e um córrego perdido De um lugar velho conhecido nas minhas terras de andar sereno e pés descalços, pés de pluma em uma sandália de couro De um horizonde onde todas as vontades e desejos vivem livremente Onde o segredo mora apenas em um sono de fim de tarde