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Mostrando postagens de novembro, 2008

Para quando o sol estiver mais claro

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Nestes dias que nos aproximam mais do verão, aqui na América do Sul, e do término do ano, percebemos grande mudança na luz que vem irradiar pensamentos fortes de mudança, calor, alegria e leveza. Esta é a minha idéia de verão: tempo em que o corpo não quer ter limites assim como a luz solar. Aliás é ela própria que nos convida a nos deliciarmos e ir em busca de temperaturas mais altas, água fresca, vento e amor. Se fôssemos aves estáriamos agora começando os preparativos para migrar até áreas geograficamente mais quentes por um único motivo único, o acasalamento para fins de procriação. Desejo que a claridade nos invada completamente e nos desnude com sua intensidade e calor de nossas máscaras e possamos modificar velhos paradigmas, que nos traga a serenidade necessária para encararmos nossos planos, sonhos e sermos mais livres e ligados aquilo que realmente importa... AMAR, AGRADECER, COMPARTILHAR E SORRIR...MUITO!!!!!!!

Mapa Astral I

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Ainda mora, ainda vive, ainda respira dentro de mim, ainda cogita, ainda transparece, ainda sonha em ser sem fim... Ainda oscila e vacila, ainda se inspira no espelho de marfim... Ainda alegra e entristece, ainda aparece, ainda esquece e desobedece o desejo de se entregar assim... Ainda se enfurece, ainda se mobiliza, ainda se contrai, mas não se esquece do sorriso que a distrai... Ainda quer beijar a boca, ainda quer ser a outra que lambe o selo da carta e viaja sem mapa... Ainda não terminou o desejo, sentidos e mordidas, suspiros e queixos, de querer só um pretexto de nomear o querer... Ainda no meio da obra, ser a arquiteta que organizando o prumo descompassa as letras e encontra outros estetas em seu céu...

Poema para atravessar a madrugada

Algibeira Chegou o dia da madrugada enluarada: Uma cavalgada. Gotículas de cachoeira, olhar na ribanceira De ver na ponta da estrada...Só poeira “O que tem depois da curva do rio, sinhô?” -Vejo um sino, que espanta tanto passarinho e as lembranças de eu menino... Muitas estrelas se aninham, formando encruzilhadas Chegando gente para ver a claridade na mata mas fogueira apagada faz distante tanta estrada “ O que vem depois do horizonte, senhora?” - Vejo lendas de rendeiras e a vontade de ficar a noite inteira, esperando chegar a hora... Mas se fosse outrora e de repente, tanto lusco-fusco, ofuscasse a natureza. Alguém deixaria a luz sempre acesa? Sabe-se que o interior foi pela serra, obstinado “Redemoinho é pião de moleque e homem se perde” Das madrugadas os primeiros raios iriam junto Como folhas caindo na época certa Em estradas diferentes, esperando a chuva.